Neste ensaio visual, parto do arquivo fotográfico de minha família para investigar as lacunas, apagamentos e fragmentos que compõem o tecido da memória. As imagens, manipuladas digitalmente, carregam marcas de erosão e ausência, evocando a fragilidade da lembrança diante do esquecimento. Entre presenças que resistem e traços que se apagam, o trabalho busca tensionar o espaço entre permanência e perda, revelando como a memória nunca se apresenta inteira, mas em fragmentos, ruídos e silêncios. “O que a memória deixa” propõe um olhar sobre a experiência íntima e coletiva de lidar com o tempo: aquilo que esquecemos, aquilo que persiste e aquilo que, inevitavelmente, se transforma.